Telenovelas

Gosto de telenovelas. Gosto, e não tenho vergonha de dizer, de admitir aqui, perante os "milhares" de fãs que diariamente lêem este blog, que sou um admirador "incondicional" de novelas... brasileiras... e algumas portuguesas.

Podem rir, podem chorar, que não adianta: gosto e gosto mesmo!... Gosto dos enredos: às vezes cómicos, outros de bradar aos céus, De ir às lágrimas (de tamanha estupidez). Ou de rir a bom rir. E penso, de mim para mim, como eles têm jeito para aquilo, e como as novelas portuguesas (salvo raríssimas excepções) são aborrecídas e estúpidas, até mais não, em que toda a gente se trata por "você", pais, filhos, vizinhos e avós, sem dó nem piedade.

Gosto da vivacidade que as novelas brasileiras trazem à noite, a seguir ao jantar, nos dias em que não me apetece sair e faço maratonas televisivas, no conforto do lar... Gosto do frenesim dos últimos episódios, e da pequena saudade que fica quando acabam.

Tudo começou há muitos anos atrás, andava eu na primária, quando este "gosto" se começou a desenvolver. Várias vezes levei berrosda minha mãe por estar a olhar para a televisão em vez de fazer os trabalhos de casa.

A novela da infância que mais me marcou foi o Roque Santeiro, da qual toda a gente se lembra...

Além de possuir um enredo excelente, com muito mistério, muitas críticas e sátiras, a novela apresentou ao telespectador alguns dos mais marcantes personagens da história da telenovela brasileira; a começar pelo inesquecível casal protagonista: Sinhôzinho Malta e Viúva Porcina; uma dupla de espertalhões que criou uma farsa para tirar o máximo de proveito possível de uma cidade do interior, que vive mergulhada numa crença de um tal "santo milagreiro" chamado Roque - crença esta que atrai inúmeros turistas para a pequena vila denominada de Asa Branca.

"Dizem que roque santeiro,

um homem debaixo de um santo,

ficou defendendo o seu canto,

e morreu!"...

Dizem que ainda é vivente,

na lama do rio corrente,

na terra onde ele nasceu!!..."