Monstro das bolachas

Elas existem de todos os modos. Com chocolate, com baunliha, com morango, com pepitas, com recheio, com cobertura... Algumas indústrias cometem a loucura de colocar bolacha em algumas delas... Eu, solteiro e bom rapaz, na minha mais nobre pureza, pensava que apesar de tudo, algumas "old school cookies" iriam permanecer iguais a si mesmas... Sim, muitas até permanecem. Até hoje, pelo menos. Mas há umas que acompanho com especial carinho desde há muitos anos. Daquelas que estão sempre ao lado da Coca-Cola, dentro do saco que levávamos para as visitas de estudo...
"Belgas". É-vos familiar não é? Pois. E, volto a lembrar, falo de bolachas. Não de belgas. Falo de "Belgas". Ok, não podem competir com as "Maria". Essas são A BOLACHA. Tal como veio ao Mundo. Sem artifícios. Provavelmente, numa luta entre ambas, as "Maria" venceriam logo ao 2.º round. Nada de surpreendente. A idade e o prestígio contam. Não me lembro de ver "Belgas" no meio de uma sobremesa qualquer. Mas Maria sim. Essas sim. Mas, voltando ao principal, é com um misto de desilusão e revolta que faço este post. Sim, porque um dia, as bolachas controlarão o Mundo. Mas, até lá, o melhor é irmos comendo. E falo de "Belgas". Quero-vos alertar para o facto de elas estarem diferentes. Pelo menos a meu ver. É mais do que sabido, que gosto de me alimentar bem (em quantidade). No entanto, um pacote de "Belgas", sempre me satisfez plenamente. Mas hoje, o Mundo mudou. Mudou porque um só não chegou... Eu mudei. Não. As "Belgas" mudaram... E digo isto porque ainda sou do tempo em que uma Belga inteira não me cabia de uma só vez na boca. Dispensando as piadas de cariz sexual que se podem fazer (e devem estar a fazer) neste momento, digo-vos que a Belga já não me satisfaz. O diâmetro desceu descomunalmente. O preço não sei. Mas provavelmente até subiu. Nunca esperei uma traição deste nível por parte da Artiach (não confundir com a marca de produtos para campismo, também com o mesmo nome), que sempre nos habituou ao seu maravilhoso universo do "snack". Dou por mim a introduzir a mão dentro de um daqueles sacos de "Belgas", e busco incessantemente por mais uma. Mas, por muito que vasculhe, o que encontro é um saco vazio. Porque agora, as "Belgas" cabem de uma só vez na boca. E não é preciso ter boca de sapo. Dos sapos verdadeiros. Não dos que tocam guitarra.
Faço aqui "mea culpa". Eu sei que traí as "Maria". A textura de waffle e a sua consistência, atraíram-me para as "Belgas". Mas o primeiro amor é sempre o melhor. E as bolachas "Maria", estão lá sempre. Sem inventar. A única invenção é nossa. Seja a colocar manteiga ou qualquer coisa comestível que apareça. Proponho, a todos vós, "companheiros, amigos, palhaços desta vida que é um circo" (José, H.) que façam um boicote às "Belgas"...
A Maria pelo menos nunca nos trai. Já a Belga, essa sim... E todos sabemos que uma boa Maria é sempre melhor que uma boa Belga... Quer queiramos, quer não. O Mundo da bolacha muda. Mas há bolachas que não...
Sem comentários:
Enviar um comentário